Violões na velha São Paulo
“No cenário do violão paulista, além da figura dominante do grande Américo Jacomino, o Canhoto, e mesmo antes dele, autores como Theotonio Gonçalves Corrêa e João Avelino de Camargo, hoje quase esquecidos, compuseram música original, atuaram em concertos, gravaram discos e, pioneiramente, publicaram partituras para o instrumento, contribuindo para o estabelecimento do violão como instrumento solista. E isso sem esquecer de artistas estrangeiros como Gil-Orozco e Alberto Baltar. Fruto da ampla e minuciosa pesquisa da autora para a sua tese de doutorado, os volumes Violões na velha São Paulo recuperam parte dessas partituras esquecidas, ou inéditas, algumas, da música para violão que se tocava em São Paulo na virada do século XIX para o século XX. Música que, esperamos, volte a merecer a atenção dos violonistas de hoje.”
Ivan Paschoito
SOBRE FLAVIA PRANDO
Iniciou seus estudos no curso de violões da prefeitura de Santos, criado por Antonio Manzione, onde atuou na Camerata de Violões Heitor Villa-Lobos (1984-1989) e lecionou no projeto (1997-1999). Trabalhou no Projeto Guri, inicialmente como professora e, posteriormente como técnica de cordas dedilhadas (2001-2010). É doutora e mestre em Música pela ECA-USP), sob orientação de Flavia Camargo Toni e Edelton Gloeden, respectivamente, e bacharel em Música pelo IA-UNESP, com habilitação em instrumento, violão, sob orientação de Giacomo Bartoloni. É Pesquisadora em Ciências Sociais e Humanas do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc/SP. Sua pesquisa de doutorado, “O mundo do violão em São Paulo: processos de consolidação do circuito do instrumento na cidade (1890-1932)”, recebeu a primeira menção honrosa no Prêmio Silvio Romero 2021 (IPHAN) e deu origem a quatro álbuns de partituras “Violões na Velha São Paulo”, com edição de Ivan Paschoito (LEGATO EDITORA, 2022) e ao capítulo “Violão paulistano: repertório e práticas do início do século XX”, publicado no livro “Cidade Dis(sonante): culturas sonoras em São Paulo (séculos XIX e XX)”, com organização de José Geraldo Vinci de Moraes (INTERMEIOS, 2022); ao programa no Sesc TV (2023), Os pioneiros, dentro do Movimento Violão e ao album Violões na Velha São Paulo, volume 1 (2024), com 13 obras de 10 compositores. Atua também como regente convidada da Camerata Infanto-Juvenil do Projeto Guri Santa Marcelina.
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