DETALHES DO CURSO
Este curso express de Tonalidades Menores é complementar ao curso de Harmonia Funcional Moderna, oferecido exclusivamente pelo Acervo Violão Brasileiro. As aulas de harmonia ensinam como ampliar recursos e técnicas para melhorar o nível de acompanhamento. E permite entender a engrenagem harmônica das composições e a adquirir a habilidade de “desarmonizar” e “rearmoniza-las”, aplicando esse conhecimento na criação de arranjos solo/Chord melody mais elaborados, não ficando dependente da leitura da cifra original.
O processo é muito rico porque ajuda muito a desenvolver as bases para a rearmonização das composições, através da aprendizagem da função harmônica de todos os acordes que podemos encontrar na música funcional ocidental, permitindo ao estudante interferir criativamente na harmonia original.
Para quem não puder estar ao vivo, o conteúdo gravado das aulas pode ser visto e revisto depois por até oito meses. E quem preferir ver a aula só grava também é possível. Conrado Paulino também vai criar um grupo fechado do Telegram com os alunos, por onde ele vai enviar material didático gratuito, dicas extras, responder perguntas e conferir os arranjos previstos no Curso. Todos sabemos o quanto os métodos e programas do Conrado são vastos e ricos. São 6 horas de carga horária. Garantimos certificado emitido pelo Acervo Violão Brasileiro.
Para quem ainda não fez o curso de Harmonia Funcional, clique aqui
Conteúdo:
>Formação dos Campos Harmônicos menores (os cinco tipos efetivamente úteis para a harmonização e rearmonização de composições em modo menor)
>Análise Harmônica II (só musicas em tonalidade menor)
>Revisão dos “Cinco Princípios de Harmonia Moderna”
>Os três tipos de composição menor: Pura, com resolução no relativo maior e com resolução na tonalidade paralela maior. Exemplos
>Rearmonização (aplicando os Cinco Princípios da Harmonia Moderna ) só músicas em tonalidade menor
>Tabela das 4 funções nas tonalidades menores, e os 23 acordes possíveis que representam as funções (parte I: subdte maior e subdte menor)
Encadeamento de cada grau com o Im7.
>Tensões, substituições e extensões. Processo de “diatonização” das escalas, de inside a outside.
> como deduzir os graus altos dos acordes menores (tonalidade menor)
>Tabela das 4 funções e os 23 acordes possíveis que representam as cadencias (parte II: dominantes, retardos, acordes de passagem)
>Encadeamento de cada grau com o Im7.
>Tensões, substituições e extensões. Processo de “diatonização” das escalas, de inside a outside.
>Tabela das escalas maiores, menores e dominantes contidas nos acordes das 4 funções. Teoria Escala-Acorde. Aplicação prática.
>Exercícios de escolha das escalas e das tensões segundo o grau do acorde e sua função harmônica.
>Análise harmônica III – músicas selecionadas. Análise por grau e função harmônica.
>Análise e escolha das escalas segundo a função.
Bônus: Diferenças entre progressões baseadas nos 5 princípios de harmonia modernaV/ V ou V/ II) (p.ex, Ivan Lins) e as baseadas na Tabela das 4 funções, suas substituições e extensões (p.ex, Jobim)
Por que estudar a harmonia das músicas menores separadamente
Para entender a harmonia das tonalidades menores, fazer analise harmônica e rearmonizar é valioso ir além das regras e mecanismos da harmonia das tonalidades maiores. As músicas em tonalidade menor demandam o conhecimento e uso prático de pelo menos cinco tipos básicos de campos harmônicos menores. Isso acontece porque as músicas em tom menor dificilmente se sujeitam a um único campo harmônico, e como afirmamos acima, para fazer analise harmônica de musicas menores precisa estudar os 5 tipos de campos harmônicos básicos, o que sugere que as músicas de tonalidade menor costumam combinar e misturar acordes de diferentes tipos de Campo Harmonico menor.
Devido a essa frequente combinação de acordes derivados de diferentes tipos de Campos Harmônicos Menores, torna-se necessário saber os 7 acordes de cada um deles (e principalmente a diferença entre um mesmo grau/acorde em cada campo harmônico).
Por exemplo: no CH menor Eólio o acorde de V grau é do tipo Xm7 (e não aceita 9a), no CH menor Frigio é Xm7(b5), no CH menor harmônico é X7 (com b9 como complemento), , no CH menor dorico é Xm7 também porém aceita 9a e no CH menor melódico o V grau é do tipo X7 , porém com 9a maior como complemento.
Tudo isso obviamente torna o entendimento das tonalidades menores mais complexo e demorado. Já para aprender a harmonia das tonalidades maiores só precisa saber o Campo Harmônico jonico.
Como vimos na Análise Hamônica I do Curso de Harmonia Moderna, há muitas músicas 100% jônicas, que usam somente os sete acordes (ou menos) do campo harmônico maior jônico. Mas, é quase impossível encontrar uma musica 100% eólia (“A banda do Zé Pretinho” e “Fio maravilha” do Jorge Ben são exemplos raros), mesmo o samba canção mais “quadrado” e simples vai fatalmente combinar uma maioria de acordes do Campo Harmônico eólio com um dominante que só aparece no Campo Harmônico menor Harmônico, o mesmo acontece com o sambão mais simples.
A musica “Samurai” do Djavan é um exemplo ótimo de combinação de acordes de campos harmônicos menores diversos: a melodia indica que o CH principal é o eólio (já que pega a 6a menor) mas tem acordes do Campo Harmônico menor Harmonico (o VII dim7, que é dte), do Campo harmônico menor dórico (o IV7, subdte maior) e até do Frigio (o bIIMaj7, subte menor).
É por causa dessa complexidade inerente às musicas de tonalidade menor que faz-se necessário estudar a harmonia das tonalidades menores separadamente.
As regras da harmonia das tonalidades maiores se aplicam nas tonalidades menores?
Nem todas, mas os conceitos básicos que regem a harmonia funcional permanecem iguais ( A) a existencia de tonalidade, B) a alternância entre tensão e repouso, C) o dominante como acorde da tensão máxima, D)a possibilidade de utilizar substitutos do dominante e das outras funções harmônicas, e E) o uso dos dominantes secundários) mas o fato de existir varias opções para cada grau do campo harmônico faz com que varias regras estabelecidas no estudo das tonalidades maiores não possam ser aplicadas quando a tonalidade é menor, Por exemplo, nos cinco tipos de campos harmônicos menores o VII grau é diferente
SOBRE O PROFESSOR CONRADO PAULINO
O violonista, compositor e arranjador Conrado Paulino é um dos mais renomados professores de harmonia e improvisação da América Latina. Autor de cinco métodos sobre os temas, ele realiza cursos nos principais festivais de música e universidades do Brasil, Argentina e Uruguai. Tem entre seus ex-alunos compositores como Chico César e Eduardo Gudin e os instrumentistas Nuno Mindelis, Camilo Carrara e Paola Pichersky.
Como violonista, Conrado acompanhou artistas como Rosa Passos, Johnny Alf, Leny Andrade, Claudette Soares e Alaíde Costa. Como instrumentista, tocou com Zimbo Trio, Paulinho Nogueira, Heraldo do Monte, Roberto Menescal, Marco Pereira, Filó Machado e muitos outros. Apresentou-se também com músicos estrangeiros, como os norte-americanos Colin Bailey, Phil de Greg, John Stowell, Todd Isler, Dave Pietro, Harvey Winnapel e Mark Isbell (com quem gravou um CD, lançado em USA em março de 2016, atuando como violonista, compositor e arranjador).
Também atuou com Jan de Haas, Anne Wolf e Henri Griendl (Belgica); Anna Luna e Jaume Vilaseca (Espanha) e com instrumentistas de destaque no cenário jazzístico latino-americano como Diego Schissi, Quique Sinesi, Daniel Maza, Alejandro Demogli, Alan Plachta, Oscar Giunta e Popo Romano.
Sua obra gravada inclui “Conrado Paulino Quarteto” (2005), “Wrong Way” (2010) e “Quatro Climas” (2015). O mais recente CD “A Canção Brasileira” lançado em 2018, traz um refinado jazz brasileiro, em recriações especais de Tom Jobim, Edu Lobo, Chico Buarque, Ivan Lins e Djavan, além de temas de sua autoria. Os ricos encadeamentos harmônicos e improvisações virtuosísticas dão o tom descontraído e intimista de Conrado, em arranjos originais.
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