DESCRIÇÃO
Em junho de 2024, Chico Buarque chega aos 80 anos com uma obra que é um verdadeiro monumento da cultura brasileira. Embora tenha atuado em diversos gêneros — literatura, teatro, cinema —, foi como cancionista que primeiramente se destacou e produziu de maneira mais prolífica, sendo suas canções seu maior legado para as artes nacionais. Celebrando as oito décadas de vida de Chico, o jornalista André Simões analisa 80 canções do compositor, traçando um painel representativo de toda a sua carreira.
De “Pedro pedreiro” (1965) a “Que tal um samba?” (2022), cada um dos breves capítulos mantém a ideia central de que uma canção não pode ser satisfatoriamente entendida e avaliada quando se trata isoladamente de música ou letra. As análises consideram não apenas a interação lírico-musical, mas também elementos como arranjo, interpretação, contexto histórico e recepção, entre outros. Repassando a carreira de Chico, também se mostra parte relevante da história do Brasil nos últimos 60 anos.
O autor trata as canções com o respeito que merecem, produzindo um estudo com rigor e profundidade, sem abrir mão de uma linguagem acessível, com sabor de crônica. Não se precisa de muita reflexão para perceber as canções de Chico como belas; ao entender-se por que há tanta beleza nelas, porém, a experiência de audição se torna mais rica e prazerosa: é como se velhos conhecidos de repente pudessem ser vistos sob nova luz.
O volume inclui ainda vasta iconografia dos álbuns e a discografia completa do artista.
SOBRE O AUTOR
André Simões, paulistano nascido em 1985, é jornalista e escritor. Como pesquisador de canção popular, escreveu sua tese de doutorado O eu feminino na canção brasileira: desenvolvimento cultural entre 1901 e 1985 e publicou o livro Francis Hime: ensaio e entrevista (Editora 34, 2023). É especialista em Canção Popular pela FASM, mestre em Letras pela UEL e doutor em Comunicação em Semiótica pela PUC-SP. Também lançou os livros de crônicas e contos A arte de tomar um café (Atrito Art, 2010) e 23 minutos contados no relógio (Patuá, 2018).
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