1. Study on Beethoven’s Allegretto, Op. 92
2. Sonata Op. 49 No. 2 – 1.: Allegro, Ma Non Tropo
3. Sonata Op. 49 No. 2 – 2.: Tempo Di Menuetto
4. Sonata, Op. 27 No. 2, “moonlight”: 1. Adagio Soste…
5. Sonata, Op. 27 No. 2 “moonlight”: 2. Allegretto
6. Für Elise (pour Elise), Woo 59
7. Sonatina, Woo 43a
8. Sonatina, Woo 44a
9. Andante Con Variazioni, Woo 44b
10. Sonata, Op. 13 “pathétique”: 2. Adagio Cantabile
11. Sonata, Op. 13 “pathétique”: 3. Rondo – Allegro
12. Trio, Woo 38 – 1. Allegro Moderato
13. Trio, Woo 38 – 2. Scherzo: Allegro Ma Non Troppo
14. Trio, Woo 38 – 3. Rondo Allegretto
Sobre o disco
Neste álbum, o premiado violonista Daniel Wolff interpreta seus arranjos inéditos de obras de Beethoven, celebrando os 250 anos do nascimento do compositor. O repertório inclui sucessos como Pour Elise e movimentos das Sonatas ao Luar e Patética, entre outras. Em primeira gravação mundial, temos o estudo de tremolo composto por Daniel Wolff sobre o célebre Allegretto, da Sétima Sinfonia. Além de músicas para violão solo, o disco conta com participações especiais da pianista Olinda Allessandrini e, apresentando o Trio WoO 38 na íntegra, de Camilo Simões (violino) e Milene Aliverti (violoncelo).
Daniel Wolff, setembro de 2020
(verbete Acervo Violão Brasileiro – escrito por Gilson Antunes)
Daniel Wolff é um dos principais representantes do violão do Rio Grande do Sul, vencedor do Grammy Awards, primeiro doutor em violão do Brasil e professor da faculdade de música com maior nota do governo brasileiro. Em 1981, Wolff participou do curso de extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; em 1982, foi aluno no prestigiado Seminário Internacional de Violão do Liceu Palestrina, em Porto Alegre. Participou novamente de cursos nesses dois locais até 1984. No ano seguinte, entrou para a Escuela Universitária de Música Universidad de La República, no Uruguai, onde estudou com Eduardo Fernandez, obtendo o título de bacharel em música em 1989.
Aproveitou a estadia uruguaia para se especializar com professores como Abel Carlevaro e Guido Santórsola. Logo começaria a vencer os concursos: I Concurso Nacional de Violão (São Paulo), Concurso Heitor Villa-Lobos (Porto Alegre) e Concurso Jovens Solistas da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre.
Entre 1989 e 1998 Wolff estudou na Manhattan School of Music, nos Estados Unidos, onde obteve o título de mestre em música (Guitar Performance) em 1991 e o título de doutor em música (Doctor of Musical Arts) em 1998, quando venceu o Helen Cohn Award como doutorando de melhor desempenho. Em 1997 já havia vencido o Artists Intenational Competition, em duo com a flautista Tracey Pullo, que lhe abriu as portas para tocar no Carneggie Hall, em Nova York. Seu pós-doutorado viria no período 2007/2008 em Berlin, Alemanha.
Em 1991 iniciou a carreira como professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que viria a se tornar um dos principais cargos didáticos do Brasil. Há vários anos, o Curso de música da UFRGS vem recebendo a maior nota da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Daniel Wolff continua a receber estudantes de todo o Brasil e do exterior.
Wolff solou com várias orquestras, entre elas Orquestra del Sodre, Filarmônica de Montevidéu, MSM Contemporary Music Ensamble, Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo (USP), Sinfonia Cultura, Orquestra Pró Música, Orquestras Sinfônicas da Bahia, Porto Alegre e Mogi das Cruzes, Orquestras de Câmara da Ulbra e Teatro São Pedro, Orquestra da Unisinos e Sinfônica da Universidade de Caxias do Sul. Foi regente e diretor artístico da Camerata Consort, entre 1991 e 1994.
Participou ainda como arranjador para vários artistas, o que lhe valeu o Grammy Awards em 2000, por seu arranjo de Água e Vinho (Egberto Gismonti) para o disco Dream Of A World, de Sharon Isbin, e duas vezes o Prêmio Açorianos. Seu trabalho nesse campo contempla tanto a música clássica quanto a popular.
Em 1999, Daniel Wolff ajudou a fundar a Assovio, periódico da Associação Gaúcha do Violão. Como compositor teve suas obras publicadas pela Verlag Neue Music e gravadas por artistas como Eduardo Castañera, que registrou sua obra mais conhecida para violão até o momento, Scordatura. Compôs também trilhas sonoras para filmes premiados nos principais festivais de cinema do Brasil, como o de Gramado e o de Fortaleza. Entre suas obras estão o Trio para Violino Violoncello e Piano, Venha Me Levar, para violão e quarteto de cordas, e Tremata e Choro para bandolim e violão, entre várias outras.
Como pesquisador, Daniel Wolff vem escrevendo para diversos periódicos do Brasil, Alemanha, Uruguai e Inglaterra, em revistas como a Violão Intercâmbio (a principal revista sobre violão no Brasil na década de 1990), Violão Pro (a principal revista brasileira de violão dos anos 2000) e Brasilianas (da Academia Brasileira de Música). Em seu website também publica constantemente artigos inéditos, além de participar de outros encontros de musicologia espalhados pelo Brasil. Seu projeto Sarau no Hospital, que leva música a pessoas internadas no Hospital Universitário, recebeu o prêmio Açorianos em 2009.
Seus registros fonográficos sempre apresentam repertório inusitado e possuem excelente receptividade do público e da imprensa. O primeiro CD, Concerto à Brasileira, traz uma gravação do concerto homônimo de Radamés Gnattali, além do Concerto para Clarinete e Orquestra de Cordas, de sua própria autoria, e obras de Thiago de Mello e Ernesto Nazareth. O trabalho recebeu três indicações ao Grammy Awards de 2002. Seu mais recente trabalho, Porto Allegro, possui composições gaúchas dos últimos 50 anos, quase todas inéditas em CD.
Poucos músicos brasileiros possuem uma atividade tão intensa e diversificada quanto Daniel Wolff. Por seu trabalho e seriedade já está no hall dos grandes violonistas brasileiros de qualquer época, mesmo antes de ter completado 50 anos de idade.
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