XII Mostra Fred Schneiter começa nesta quinta (01)
Os recitais de Luis Leite e de Maria Haro inauguram a XII Mostra e o VII Concurso Nacional de Violão Fred Schneiter, que começa nesta quinta-feira (01), a partir das 18h30, no Espaço Guiomar Novaes da Sala Cecília Meireles, no centro do Rio de Janeiro. Na sexta-feira (02) sobem ao palco do festival o venezuelano Luis Quintero e o Trio Grajahu, formado por Luís Carlos Barbieri, Max Riccio e Vicente Paschoal. Já o concurso ocorre nos dias 8 e 9, no mesmo espaço, onde os candidatos interpretam obras de livre escolha e a peça de confronte Tradução 3, de Luiz Carlos Csekö, que o compositor homenageado desta edição.
Luis Leite abre o festival com o Prelúdio das Bachianas Brasileiras Nº 4, de Villa-Lobos, e a valsa de Tom Jobim Amparo, mais conhecida como Olha Maria por causa da letra de Chico Buarque. Também faz Valseana, de Sergio Assad, e Estudo Nº 4, também de Villa. De sua autoria, toca A Lenda da Coruja Branca, Valsinha e Ali no Samba.
Maria Haro dedicará uma parte do seu recital à criação de Arthur Verocai, com as músicas Saudade do meu amor, Choro 1, Pacata e Sapecando. De Marco Pereira, ela toca Sonatinha e o ciclo Trova/ Cançoneta/ Ciranda. E faz a Valsa, de Rick Ventura. Como principal responsável pelo redimensionamento que a obra de Nicanor Teixeira tem hoje, Maria Haro também apresenta três temas do mestre baiano: Fina Flor, Flor de Mandacaru e Concertante II
A programação da sexta-feira (02) começa com o venezuelano Luis Quintero, que vai tocar duas peças brasileiras Coração que Sente, de Ernesto Nazareth, e Pó de Mico, de João Pernambuco. O repertório inclui o clássico espanhol Tonadilla (Rodrigo), Siempre Me Acuerdo De Ti (do próprio Quintero), e Los Caujaritos (Ignacio “El Indio Figueredo”). Outro compositor presente é Laurent Boutros, do qual Luis Quintero interpreta a Suíte Caucasiana, formada pelas partes Color Marmara, Aram, Journal D’ Istikläl e Tiflis.
Em seguida, Luis Carlos Barbieri marca o centenário de Aníbal Augusto Sardinha, o Garoto (1915-1955), com três obras consagradas: Esperança, Enigma e Lamentos do Morro. Após a homenagem, Barbieri convida os colegas Vicente Paschoal e Max Riccio para formarem o Trio Grajahu. O grupo surgiu praticamente para interpretar 18 Strings, de Sergio Roberto de Oliveira, que será tocada no festival, junto com Crônica Breve (Barbieri). De Fred Schneiter, o trio interpreta a Suíte Baiana Nº 2, composta de Água de Meninos, O Bonde e Amaralina.