XI Mostra de Violão Fred Schneiter começa nesta terça (14) no Rio
Começa nesta nesta terça (14) a XI Mostra Fred Schneiter com uma série de recitais, sempre às 18h30 e com duas atrações por dia, na Sala de Sessões do Centro Cultural Justiça Federal (Av. Rio Branco, 241 Cinelândia, Rio), com ingresso a R$ 1,00. Os espetáculo ocorrem até sexta-feira (17). Quem abre o ciclo é Paulo Porto Alegre, que comemora seus 60 anos lançando o CD Varandeio. O repertório é autoral, formado por quatro peças dos Estudos Modais e as Variações Jazzisticas.
Em seguida sobe ao palco Nicolas de Souza Barros para Interpretar três peças de Debussy (Reverie, Bruyères e La Puerta Del Vino), três obras de Ravel (Sonatine para Piano, Moderé e Mouvement de Menuet) e um tema de Joaquin Rodrigo (Tocata). Durante o recital, o violonista fará o lançamento do CD Ernesto Nazareth por Nícolas de Souza Barros: Violão de 8 Cordas, do qual vai tocar Coração que Sente, Carioca e Odeon.
Na quarta-feira (15), o violonista e diretor da mostra, Luís Carlos Barbieri, fará um recital dedicado a alguns dos pioneiros do violão brasileiro, cujas peças estavam fora de circulação e que estão sendo editadas em partitura por Barbieri para o Acervo Digital do Violão Brasileiro. De Quincas Laranjeira serão interpretados Prelúdio em Ré Menor e Dores D’ Alma. Barbieri também resgata duas peças de Gustavo Ribeiro (Annecy e Catando Pimenta), e a Gavota, de José Augusto de Freitas. O violonista tocará ainda Onde Andará Nicanor?, de Fred Schneiter.
Neste mesmo dia, o duo mineiro de violões Vincens-Maciel apresentará Tonadilla (Rodrigo), La Vie Brève (De Falla), e Tocatta (Pierre-Pettit). Formado por Guilherme Vincens e Michel Maciel, o duo finaliza com Jongo (Paulo Bellinati).
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A francesa radicada no Brasil Elodie Bouny e o carioca Marcello Gonçalves são as atrações da quinta-feira (16). Depois de fazer Gotas de Ouro, de Ernesto Nazareth, Elodie interpreta várias peças de sua autoria: La Desconfiada, Valsa (quase) Portuguêsa, Abraços do Sul e Conversa das Flores.
Na segunda parte, Marcello Gonçalves mostra dois temas de sua autoria, Alma de Lia e Samba Pro Caio. Mas também faz arranjos para violão 7 cordas de grandes mestres como Visitando o Recife (Canhoto da Paraíba), Arranca Toco (Meira) e Três Amigos e Comigo é Assim (as duas últimas de Zé Menezes). No encerramento, Elodie e Marcello formam um duo e tocam Elétrica, de Ernesto Nazareth, e dois temas de Agustin Barrios: Julia Florida e Danza Paraguaia.
No último dia do recital (sexta-feira), Armildo Uzeda desfila uma antologia essencilamente barroca e renascentista, com Suíte em Si Menor (Robert de Visée), Fantasia N° 13 (F. da Milano), Preludio BWV 1006ª (Bach) e Passacaile (S. L. Weiss). A exceção é Córdoba (Albeniz).
No encerramento da mostra, o violonista argentino Osvaldo Burucuá, faz um panorama musical do seu país, começando com quatro temas de sua autoria: De Este Lado del Cielo, Vidala Para Decir, Cueca Para Luis e Paisaje. Na sequencia interpreta Chacarera de Lls Piedras (Atahualpa Yupanqui), La Arenosa (Gustavo "Cuchi" Leguizamón/ Manuel Castilla), Soledad (Carlos Gardel/ Alfredo Lepera), Libertango (Astor Piazzolla) e La Cumparsita (Gerardo Matos Rodríguez/ Enrique P. Maroni)
A Mostra de Violão Fred Schneiter acontece desde 2004 e tem como objetivos divulgar a memória e a obra do compositor e violonista baiano Fred Schneiter (1959 – 2001), promover o intercâmbio entre violonistas da América Latina e abrir espaços para jovens violonistas. Bienalmente, a Mostra abriga o Concurso Nacional de Violão Fred Schneiter, que caminha para sua 7º edição, em 2015. Para garantir a continuidade do evento, foi criado em 2006 o grupo informal Amigos da Mostra, cujas doações viabilizam este ideal.