Em artigo exclusivo ao Acervo Violão Brasileiro, o professor e violonista Luciano Morais analisa o legado do mestre italiano. Para Oscar Ghiglia, manter a tradição e cuidar da inovação frente a um mundo com problemas sempre novos, eram partes de um mesmo processo. "Exatamente por isso, ele foi um desses grandes artistas que permanecerão sempre reavivando nosso deslumbramento."

Estamos percebendo um sentimento comum entre colegas violonistas amantes do violão após a recente partida do violonista e luthier Sérgio Abreu (1948-2023). O que parecia ser uma dor individual em relação a ele se torna algo que reconhecemos em cada um com quem conversamos a respeito. Como se sua morte nos deixasse, novamente, órfãos.

Ocorrendo pela primeira vez em formato online, a quarta edição do Circuito de Violão das Vertentes começou nesta segunda-feira (12) e tem intensa programação até o dia 16. O evento oferece workshops pela manhã, mesas redondas à tarde e concertos à noite, incluindo atrações como Waldir Junior e Thiago Colombo e os candidatos da semifinal e final do 2º Concurso Nacional de Violão das Vertentes.

Para discutir o legado do mestre uruguaio, que já foi o nome mais importante do violão no Brasil e atualmente é bem menos lembrado do que merecia, o professor e violonista Luciano Morais vai mediar em seu canal Conversa de Violonista um bate papo em forma de live nesta quarta-feira (01/10), às 16 horas, com a participação de ex-alunos ilustres de Isaias Savio, entre eles Paulo Bellinati, Paulo Porto Alegre, Gisela Nogueira, Giacomo Bartoloni e Edelton Gloeden.

A brilhante trajetória de Julian Bream, morto há uma semana (em 14 de agosto) perdurou a vida inteira. Tanto como violonista profissional, quanto como incentivador de novos talentos. E mais ainda pelo importante papel que teve em ampliar o repertório para o instrumento.

Nesta sexta-feira (05/06), as lives de violão incluem música e bate-papo ao vivo, além de contarem com a presença de várias figuras importantes para o cenário do violão no Brasil, como Luciano Morais, Ricardo Dias, Salomão Habib, Diego Salvetti e Tony Bello.

Com programação até 25 de abril, os eventos são transmitidos gratuitamente no perfil do Instagram do coletivo Violão e Ponto (@violaoeponto), às terças e quintas-feiras, às 20h, e aos sábados, às 13h. Além disso, o coletivo tem publicado vários depoimentos de violonistas sobre o isolamento social em seus stories. Esta terça (07/04) está reservada para Luiz Bueno (integrante do Duofel) conversar sobre música no fluxo. Na quinta (09/04), será a vez de Thiago Abdalla, que vai comentar a produção de conteúdo em tempos de isolamento. Já no dia 11 de abril, o convidado é Rafael Rafles, que irá falar sobre concerto de violão solo.

Quando uma tragédia se abate sobre um membro de nossa comunidade, é necessário transformar a dor do luto em luta, e ampliar o debate sobre as ações coletivas necessárias à construção de uma sociedade mais justa e segura para todos e todas. Dessa forma, o debate sobre a segurança pública não tem uma intenção meramente punitiva, mas de esclarecimento dos valores sociais implícitos que fornecem uma chave para evitar ou reduzir tragédias. Os segmentos mais frágeis de nossa sociedade, evidentemente, são vítimas mais frequentes dessas tragédias, cujos desdobramentos têm como contexto os nossos valores, aquilo que aprendemos a aceitar no cotidiano. O papel das instituições é pressionado por esses valores coletivos.