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Reelaborações para violão da Fuga BWV 1001 (Bach) - Sérgio Ribeiro

Reelaborações para violão da Fuga BWV 1001 (Bach) - Sérgio Ribeiro

2014

Instrumentistas: Sérgio Ribeiro

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Título: Reelaborações para Violão da Obra de J.S. Bach: Análise das Versões de Francisco Tárrega e Pablo Marquez da Fuga BWV 1001
Autor: Sérgio Vitor Ribeiro
Orientador: Nicolas de Souza Barros
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Setembro de 2014
 
 
RESUMO: A música de Johann Sebastian Bach foi introduzida no repertório do violão pelo
espanhol Francisco de Asís Tárrega Eixea, em 1907. Desde então, a música de Bach foi
mantida como parte central do repertório tradicional, já que os grandes intérpretes do
instrumento, como Llobet, Pujol, Segovia e seus discípulos, passaram a inserir as
transcrições tarreganeanas em seus programas de concertos, além de contribuírem com
novas versões e encorajarem futuras gerações. No presente trabalho analisamos duas
reelaborações para violão da Fuga BWV1001, realizadas em um intervalo de,
aproximadamente, 100 anos por Tárrega e pelo violonista argentino Pablo Marquez
(1967). Como referencial teórico, empregamos os conceitos apresentados por Flavia
Pereira relacionados às práticas de reelaboração e as abordagens e definições utilizadas
pelos autores Philip Hii, Nicolas Goluses, Stanley Yates e Pedro Rodrigues. Nosso
objetivo é apontar as diferentes técnicas de reelaboração no violão utilizadas por
arranjadores e responder as seguintes questões: Quais técnicas de reelaboração foram
utilizadas nas versões? Quais são as principais influências que definiram os caminhos
tomados pelos arranjadores em suas versões? Quais foram os recursos que eles
utilizaram? Seus pressupostos básicos sobre reelaboração são divergentes? Que
subsídios podemos apontar a partir dos resultados obtidos? Finalmente, dentro dos
parâmetros apresentados por Pereira, concluímos que a reelaboração musical de Tárrega
pode ser classificada como ‘transcrição’, enquanto preferimos classificar a reelaboração
de Marquez como ‘idiomatização’, que definimos como a prática que procura não só
adequar a obra às possibilidades físicas do instrumento de destino, mas transformar seus
elementos (da obra) em função do novo meio.
 
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