Resumo: Este trabalho estuda os diversos problemas que têm os compositores não violonistas para compor para violão. Constatamos a inexistência de material bibliográfico adequado; as poucas fontes encontradas são inconsistentes. As explicações fornecidas induzem o compositor não violonista, de um lado, a pensar no violão em termos do que ele imagina possível de ser realizado, de outro lado, a pensar que se trata de um instrumento complicado. Acreditamos que essas explicações, ao invés de abrir o campo de ação do compositor, limitam e restringem a criatividade dele. 

Para verificar a validade das afirmações anteriores, conformamos dois grupos diferentes de compositores não violonistas com os quais foram pesquisados os diversos problemas relativos à composição para violão e estudados diversos recursos técnicos, sonoridades e grafias desse instrumento. 

Constatamos, através dos depoimentos dos participantes, dos exercícios e das peças escritas por eles, que nossa abordagem facilitou a compreensão do instrumento, desmistificando assim as dificuldades (infundadas) que são tradicionalmente atribuídas ao instrumento. 

Acreditamos ainda que as idéias de compositores não violonistas e os desafios eventualmente requisitados por eles poderão contribuir, significativamente, com o desenvolvimento de um novo repertório de violão, propiciando também o desenvolvimento da técnica instrumental.

Título: Recursos técnicos, sonoridades e grafias do violão para compositores não-violonistas
Autor: Mario Ulloa
Orientador: Prof. Dr. Joel Barbosa
Universidade Federal da Bahia, 2001

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