O violão sete cordas nos sambas de enredo do Grupo Especial do Rio de Janeiro, por Eduardo Gisi
2017Resumo: Esta pesquisa pretende trazer conhecimentos que contribuam para a maneira de se tocar o violão sete cordas no samba de enredo conforme hoje o gênero se apresenta, visto que são escassas as publicações envolvendo o instrumento e a música de desfile das escolas de samba. O foco do estudo é direcionado aos álbuns do Grupo Especial do Rio de Janeiro e abrange os anos de 1991 até 2017, fase em que é possível perceber nos sambas de enredo a prevalência de uma estrutura formal de composição e andamento rápido. Como procedimentos metodológicos, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com violonistas sete cordas e arranjadores do período, transcrições integrais das linhas melódicas do violão sete cordas nos fonogramas oficiais de 2015 da Beija-Flor (VELLOSO et al., 2014), de 2014 da Mocidade (NOBRE et al., 2013) e de 2015 da Viradouro (VILA, 2014), além da análise da performance do instrumento nas aparições do refrão principal dos sambas de enredo mencionados. Os referenciais teóricos que fundamentam a análise são Nicolas Ruwet (1987), Jean-Jacquez Nattiez (2005), Josimar Carneiro (2001) e Luiz Otávio Braga (2002). As principais conclusões do trabalho informam quais recursos técnicos são utilizados com frequência no instrumento para a execução do samba de enredo contemporâneo, desvendam soluções que os violonistas sete cordas empregam em situações peculiares a esse gênero musical, esclarecem diferenças no modo de tocá-lo em comparação com outros gêneros e revelam padrões de baixaria aplicados no referido contexto.
Título: O violão de sete cordas nos sambas de enredo do Grupo Especial do Rio de Janeiro: 1991-2017
Autor: Eduardo Gisi
Orientador: Prof. Dr. Paulo Henrique Loureiro de Sá
Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2017
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