A construção do violão mineiro, por Daniel Lovisi
2017RESUMO: Este trabalho propõe uma análise do processo de construção do que se convencionou chamar de violão mineiro, termo consolidado no álbum Quadros Modernos, lançado em 2001, por três violonistas-compositores de Minas Gerais: Chiquito Braga, Toninho Horta e Juarez Moreira. Inserido no campo de produção da música popular brasileira instrumental (MPBI), o trabalho desses violonistas – cujas carreiras se iniciaram nos anos 60 e 70 – chama a atenção por reforçar o posicionamento de um grupo de músicos de Belo Horizonte como representantes do que seria uma escola mineira de violão. A partir de uma análise das dinâmicas que regem o cenário delineado por esse grupo e o contexto no qual ele se insere, nosso intento é perceber – a partir da perspectiva de seus produtores – os fatores que concorreram para impulsionar a produção instrumental para o violão popular na capital. Entre os interesses desta pesquisa estão a) entender como a música instrumental de Minas se relacionou com a canção praticada por representantes da MPB do estado a partir da década de 60, absorvendo e reelaborando significados alavancados por esta última b) compreender o modo como alguns violonistas-compositores mobilizaram aspectos de uma cultura e identidade regional, via discursos verbais e visuais, atrelando-os aos seus projetos musicais e c) apreender os principais elementos estéticos encontrados em composições e arranjos de quatro violonistas – Chiquito Braga, Toninho Horta, Juarez Moreira e Gilvan de Oliveira – e relacioná-los à formatação de um campo de produção específico na música instrumental.
TÍTULO: A construção do “violão mineiro”: singularidades, estilos e identidades regionais na música popular instrumental de Belo Horizonte
AUTOR: Daniel Menezes Lovisi
ORIENTADOR: Flávio Terrigno Barbeitas
Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais
Belo Horizonte, março de 2017
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